A abertura, um plano-sequência incrível mas nada exibicionista, acompanha a tripulação de uma estação espacial, enquanto um deles está do lado de fora operando um braço mecânico para capturar uma cápsula desgovernada, voltando de Marte com amostras do solo. A cena é incrível porque vemos a ação de dentro da nave, ou seja, vemos quase nada, é como ver aquela sequência mirabolante que abre Gravidade (2012) só que do lado de dentro, no máximo por uma pequena escotilha da nave. Depois desse início tão animador, imaginei que o filme decairia. Porém, tudo segue de forma muito eficiente, embora previsível.
O ser extraterrestre, apelidado como Calvin, logo se mostra predador e um a um os tripulantes serão caçados. Aqui são seis, duas garotas bonitas, um oriental, um negro e dois famosos (Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds). Todos os ataques e mortes são empolgantes e bem realizados. A missão da equipe, em ritmo suicida, é não deixar o monstrinho chegar na Terra. Com corretos 1h40min de duração, direção de arte muito boa, trilha sonora não intrusiva, sem ambições de profundidade psicológica ou sci-fi científico, VIDA assume-se como um legítimo filme B de ação e terror, Daniel Espinosa nunca permite que o filme fique barulhento ou com excesso de efeitos visuais e ainda reserva uma boa e divertida surpresa para o final.
Cotação: BOM
Visto em cabine de imprensa Cinemark Rio Mar
por Fernando Vasconcelos